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Time, Life, Vent


Já parou para pensar o quanto o tempo é engraçado, e que a vida realmente dá voltas. As vezes essas voltas, ou reviravoltas, são agradáveis e surpreendentes. Lembro que ainda pequeno demonstrava um grande interesse na matemática, calculo e exatas, nunca havia me interessado por leitura, história ou até escrita, já hoje, me vejo no lado oposto, apaixonado pela cultura, e a história de tempos antigos que moldam nossa consciência e ambiente de hoje. Amando a companhia de um bom livro, seja ele de história ou livro técnico, também me encontrei na escrita e hoje não me vejo perto de cálculos.
Também lembro do tempo em que tinha tanto medo, na verdade pavor, do que a sociedade e outras pessoas iriam pensar sobre meus verdadeiros sentimentos e ideias, que a cada dia que passava eu vestia uma máscara e lentes de contato, para ver e parecer como o resto. Dou graças a essas pequenas mudanças que ocorreram em minha vida e tempo. Nunca que eu iria me imaginar apaixonado pela escrita e pela história, com meu atual gosto musica, e para filmes e séries e com toda certeza nunca iria me imaginar sendo eu mesmo feliz como sou por não precisar esconder quem sou. A sensação é como conseguir voar depois de anos preso.
Mas e as reviravoltas negativas? aquelas voltas que o tempo da para ensinar que a vida não é um mar de rosas.... É todos tem dessas, as vezes ta tudo bem e quando ver você tropeça, cai, se arrebenta, mas o importante não é como você cai, ou o quanto vai doer, o importante é, se e,  como você vai se levantar. Assim como a vida, o tempo nunca para, todos já escutaram aquela frase piegas, "todos nascem, crescem, envelhecem e morrem", mesmo piegas essa, talvez, seja a frase mais significativa na vida humana. Ao nascer, lá estamos nós, tão cheios quanto vazios. Carregamos conosco experiências geneticamente já impostas, e como se não bastasse, também nos é colocado uma forte e significativa pressão social; "quem você é?" "quem você vai ser ?" "você deve/vai gostar e fazer isso".  Ao simples ato de existir, se acompanha uma bagagem enorme de responsabilidades. Após isso, começa a fase de crescer e envelhecer, e talvez seja nesse processo que tudo faz sentido, pode parecer redundância as duas palavras juntas mas estas possuem dois sentidos. É possível envelhecer sem crescer nem mesmo o mínimo, e crescer ao ponto de ser mais velho que muita gente aos 17 anos. Na verdade somos projetados para aprender e crescer, porém cada um no seu tempo, já que ninguém vê ou sente a realidade como ela é, mas sim, através de seus próprios filtros e percepções pessoais, estas que nos moldam e moldam nossa simples ideia do que é vida e do que significa estra vivo. 
E, em algum tempo, chegamos ao estado final de vida, a morte. Podemos simplesmente dizer que "não somos nada alem de futuros cadáveres" como diria Caitlin Doughty a personagem do livro "Confissões do Crematório um livro pra quem planeja morrer um dia". Essa frase pode assustar muitas pessoas, encarar a vida desse jeito pode parecer sem sentido, talvez por isso o ser humano busque nos mitos um sentido mais amplo sobre estar vivo e sobre a própria vida, como diria o antropólogo Campbell. Porém é a própria mortalidade que da sentido a vida, lutar dia a dia para permanecer vivo, da a cada pequeno momento seja ele de dor ou felicidade um sentido mais amplo e eterno no circulo do tempo.


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